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Rubens Curi

TEXTOS DOS VÍDEOS POSTADOS NO YOUTUBE EM DEZEMBRO/2019

Um tal Jiddu Krishnamurti lançou a pergunta:

O observador é diferente da coisa observada?

Diríamos, de imediato, que sim. Mas, se considerarmos que é uma provocação à reflexão, e entendermos que contém uma afirmação, veremos que o “sim” inicial entra em crise diante da possibilidade do “não”.

A ideia aqui não é responder tal pergunta, mas lança-la no horizonte de nossas certezas.

Você pode considerar ideia de maluco, papo cabeça chato, e “sair fora”, talvez até ficando com uma pulguinha atrás da orelha. Ok, tudo bem!

Mas pode se abrir para a resposta, permitindo que a pergunta faça um movimento dentro de você. Esta foi a escolha do físico teórico David Bohm, que resolveu ir bater uns papos com o Jiddu.

Ficou curioso? Pesquisa aí.


Este vídeo está conectando duas abstrações, você e eu, já que não estamos de fato presentes.

Caso estivéssemos, certamente nos relacionaríamos como a maioria, pela imagem que teríamos ou faríamos um do outro e pela que temos de nós mesmos, ou seja, abstrações.

Pensemos na imensidão de informações circulando por entre os “eus” deste planeta. Isso não evoca a ideia de uma grande teia mental, cujas interseções somos nós, estas abstrações pensantes e falantes? Que se creem separadas psiquicamente umas das outras.

E se duvidássemos dessa separação? Seria possível compreendermos o conhecimento como um todo, sem as atuais fragmentações?

Talvez o advento da internet seja um sintoma dessa possibilidade.


UM LUGAR EM VOCÊ - https://youtu.be/m4LVfaDAT_s

Você já se deu conta de que há um “lugar em você” onde você é sempre o mesmo, da infância até hoje, e que ele existe em paralelo à sua história de vida?

Uma espécie de “espaço” constantemente presente e inalterado, apesar da passagem dos anos registrada em seu corpo e das histórias que você pode contar a partir da linha do tempo caminhada por você até aqui.

Veja se não é interessante quando percebemos que nesse “espaço” a razão e o pensamento não estavam presentes, só entrando em ação logo em seguida, para que fosse possível a cognição do que aconteceu.

Seria esse “estado” o “espaço” da meditação, onde acontecem os insights?


O EU SOU É UMA IDEIA - https://youtu.be/54MUdllgZWw

Sim, é possível dizer que “eu sou” é uma ideia, nascida da combinação entre os elementos narrativos que nos são transmitidos desde pequenos e aqueles que vamos elaborando ao longo da vida.

Nossa história pessoal e nossa identidade, com as quais atuamos no mundo, são forjadas a partir do conteúdo gerado por essa combinação.

Estamos tão fortemente condicionados a esse “eu sou”, que acreditamos ser ele aquilo que de fato somos.

Bem, tomemos como exemplo a criação literária. Basicamente, ela é contar histórias combinando elementos narrativos.

Nesse caso, a história é o escritor ou ele é aquele que a escreve? E o leitor? Ele é a história

ou aquele que a lê? E você, quem é de fato? A sua história de vida ou o ato de testemunhá-la?

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